Passarinho que é do mundo, voa.
Voa e às vezes pousa e repousa pertinho.
É muito tentador prender Passarinho,
Mas Passarinho não é nosso,
Passarinho é do mundo.
E a gente acaba se conformando
que a beleza está em voar,
vir, pousar, repousar,
despertar e ir embora.
Nessa hora,
tem um tanto de nós que ele leva
e um outro tanto que deixa.
Provavelmente,
nunca mais veremos Passarinho.
E se por um acaso o virmos,
Dificilmente saberemos que era ele
o nosso Passarinho, no meio de tantos outros,
mas de rompante, lembraremos que essa sapiência
é o que menos importa.
Passarinho nunca foi nosso.
Passarinho sempre foi do mundo.
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