Que você não me venha inteira.
De ti,
só quero a parte.
Um terço, um quarto,
cinco oitavos,
tanto faz a matemática.
Quando a vida dividir,
não desejo que haja resto.
Mas que venha o quociente,
consciente.
E quando vier,
que o amor cresça de forma exponencial,
a paixão seja dízima periódica,
e seu fim, valor de pi.
Entretanto, meu bem, confesso,
a inquietude que me aflige
nestas linhas já escritas.
Sentimento não é mercado,
é pecado,
não me agrada a economia do prazer.
Matemática é estática,
e o que eu sinto é mais ativo:
Meu amor tem vocação, querida,
para em teus lábios virar vocativo.
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