31.1.14

O Erro do Errante.

Tenho em mim,
com uma prática intensa durante a vida,
um impulso nas escolhas
que geralmente me levam
a contrariar aquilo que me parece
mais confortável.
Quase sempre fujo do fácil,
da garantia ou do mais coerente.

É bom que se saiba: viver é triste.
Aceitar o ordinário é fugir do confronto
e querer para si a ilusão da felicidade quando,
na realidade, a alegria genuína
só vem acompanhada de tristeza,
como no exato segundo do reencontro,
no momento em que a saudade e o alívio
coexistem.

Omitir-se do normativo
é a possibilidade de se conhecer
do avesso.


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