12.9.11

A Ética Reclamante e o Espírito do Enchessaquismo.

Uma fato curioso sobre a vida é que, desde cedo, aprendemos com nossas mães - caso tenhamos - que elas reclamam. Todas as reclamações (seja pelo tênis que você largou na sala, pela lição de casa que não fez ou pelo horário que chegou em casa) associam-se a apenas um fato, no mínimo duvidoso, mas que acaba sendo um argumento bastante convincente: elas nos amam.
Conforme vamos crescendo, nos relacionando, passamos a perceber que não são apenas as nossas mães que reclamam; conseguimos, com um pouco mais de vida vivida, notar que há algo muito mais global na insatisfação, que antes parecia presente apenas no mundo materno.

Confesso, caro leitor, odeio distinções de gênero. Não sei se me faço compreender dizendo isso mas, admitir que homens e mulheres agem de uma tal maneira apenas por que saíram de seus pais com os cromossomos "x" ou "y", pra mim, não é um argumento válido.
Entretanto, com relação ao meu ponto inicial, apresento-lhes a grande exceção da regra. Como eu dizia escrevia, - antes da minha breve interrupção explicativa - conforme vamos tendo contato, experiências, percebemos que o problema das reclamações não era da sua mãe. A gente fica pasmado e se dá conta de que reclamar é algo que está intrínseco ao universo feminino (sic!).
Não adianta o quanto somos legais, éticos, bons de cama, divertidos, sempre vai haver alguma coisa que causa insatisfação. Uma toalha, um amigo, um comportamento, um sim, um não... Prepare-se! Qualquer um destes fora do lugar e VAPT! Ouve-se. Ou pior, não ouve-se; Aquele silêncio sepulcral que tem como resposta para todas as perguntas  um "nada" gélido e assustador.
Dentro deste conjunto universal de mulheres que reclamam, podemos identificar dois grupos. O primeiro caracteriza-se pela impulsividade. O alto padrão de exigência feminino faz com que demasiadas coisas chateiem, perturbem. Nosso primeiro grupo tem como traço marcante descarregar todas as reclamações de uma vez só, sem pausa para respiração. Se não formos bons de apneia, estaremos lascados. Estas não costumam permanecer em nossas vidas por muito tempo.
O segundo grupo caracteriza-se pela moderação. O alto padrão de exigência feminino faz com que demasiadas coisas chateiem, perturbem [não há um erro aqui. este critério aplica-se aos dois grupos]. Entretanto, neste tipo, as reclamações são bem localizadas, contextualizadas, feitas na hora certa. Tão perspicazes que, mesmo que estejamos certos, ainda nos indagamos sobre isso. Devido a toda essa perícia, não há jeito, com estas casamos.
Se você é mulher e está lendo isto, não me acuse de ser o que não sou. Não sou machista nem sexista. Como eu havia dito anteriormente, detesto distinções de gênero e não discordo que há muitos homens muito reclamões também, mas acredito que haja uma porcentagem diferenciada. Dica para você: enquadre-se no segundo.
Se você é homem e reconhece em alguém características do segundo grupo, quem te acompanha é uma potencial boa companheira; em caso contrário, meu amigo, depois não diga que eu não avisei.

P.S.: Se ela se enquadra no grupo II, o argumento pode ser o mesmo da sua mãe. Ela te ama. E aí, Freud explica.





2 comentários:

Yanne disse...

A insatisfação é geral meu caro amigo Argolo. Nos tempos modernos não há sexismo, de fato, e todos são insatisfeitos com o que possuem, ou não. Até mesmo os homens, em sempre reclamar das mulheres.

ps: Pois é, muito tempo carioca. Já até passei por essas terras dai esse mês.

Eliza (Biii) disse...

=p

sexista!